quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Queremos mudar o PT em todos os níveis


Reproduzimos aqui a estrevista concedida por Marcelo Danéris ao blog do Júlio Garcia.

BJG - O PT ainda não recuperou-se da grave crise que o atingiu em 2005. O antigo 'campo majoritário' do partido (principal responsável por essa crise) ainda tem hegemonia a nível nacional. Como pretendes fazer para 'Mudar o PT', como coloca o Manifesto que lançou seu nome para presidente do partido em Porto Alegre?

MD - É certo que a crise que nos atingiu em 2005 é grave e profunda e fez com que grande parte da nossa militância se afastasse do partido. Mas temos claro que lutamos por utopias e mudanças “dentro e fora” do partido. Queremos reaproximar nossos companheiros e companheiras do partido e debater com eles caminhos e alternativas para construirmos juntos essas mudanças. Não estamos cegos nem surdos às criticas, ao contrário, estamos atentos e precisamos transformar essas críticas em força militante; inconformada e indignada, rebelde e ousada, generosa e alegre, para mudar o nosso partido. Queremos sim a mudança em todos os níveis, recusamos a idéia de um PT municipalizado e regionalizado, o PT é um só, com uma longa história de lutas e projeto de transformações socialistas e democráticas em nosso país, estado e município. Por isso queremos eleger José Eduardo Cardoso, presidente nacional e Olívio Dutra, presidente estadual, e com eles e com o conjunto da nossa militância construir juntos as mudanças necessárias ao nosso partido.

BJG - Em síntese, quais as principais propostas que defendes para serem implementadas no PT da capital, caso saia vencedor no próximo PED (Processo de Eleições diretas) do PT?

MD - Defendemos a ampliação dos espaços de participação e debates; o aprofundamento dos debates setoriais; a qualificação do processo de formação política; o funcionamento efetivo das instâncias partidárias, a criação de canais de comunicação permanentes e eficazes com a militância; a realização de um balanço critico da gestão Fogaça; a preparação do partido para as eleições debatendo com a militância a política de alianças e a construção do programa de governo; o aprofundamento das relações do partido com os movimentos social, comunitário e sindical e, por fim, a busca de reestruturação financeira do partido, a implantação do orçamento participativo interno.

BJG - Quem o PT deverá indicar para representar o partido nas eleições de 2008? Qual o leque de alianças que estás defendendo?

MD - O partido tem dois pré-candidatos, Miguel Rossetto e Maria do Rosário. Apoio e defendo a candidatura de Miguel Rossetto para prefeito de Porto Alegre por sua trajetória política como liderança sindical, deputado federal, vice-governador do estado e ministro do desenvolvimento agrário. Miguel é o nome mais preparado para administrar Porto Alegre colocando nossa capital novamente no caminho do crescimento, do desenvolvimento e da excelência na prestação de serviços sempre com democracia e com participação popular.
Quanto às alianças, acreditamos ser importante uma aproximação com os partidos de corte popular para que se possa constituir uma candidatura forte sem que percamos nossa identidade política e partidária. Devemos negociar com partidos como o PSB, PCdoB e o PDT. Esse é um debate que queremos fazer junto com a nossa militância no momento em que começarmos as discussões internas sobre plano de governo.

BJG - Uma avaliação do governo Fogaça.
MD - O administração Fogaça caracteriza-se por um governo ausente, de caráter privatizante, que abandonou a participação popular e as populações que mais precisam da prefeitura. Costumo dizer que é um governo de um prefeito que não tem projeto, não tem partido e não tem palavra. Seu único objetivo era tirar o PT da prefeitura e até agora, quase três anos depois de ter assumido, não conseguiu apresentar um projeto para a cidade. Sua gestão administra mal os serviços e caracteriza-se pela desarticulação, lentidão e abandono de projetos que já estavam em andamento. Além disso, os indicadores comparativos apontam uma redução drástica nos investimentos, nos serviços e nos níveis de participação e decisão popular. Produzimos um material que faz um balanço da gestão Fogaça por áreas disponível no meu blog www.daneris.blogspot.com, o título é “Governança Fogaça- a mudança que fez mal para Porto Alegre”.

BJG - Suas considerações finais.
MD - Acreditamos que o PT fica melhor quando estamos juntos, por isso convidamos a militância a tirar as bandeiras e os sonhos do armário, pintar de vermelha a esperança para mudar o PT e ganhar Porto Alegre, junto com Olívio Dutra, José Eduardo Cardozo e Miguel Rossetto. Boa luta para todos nós!

Um comentário:

Anônimo disse...

Tod o que gostaria a oposição e a mídia são desavenças dentro do PT. A hora é de união as forças que tentar "denegrir" o PT são muito fortes.