sexta-feira, 20 de junho de 2008

A fonte de inspiração dos argumentos de promotores do Ministério Público gaúcho


O processo de criminalização dos movimentos sociais que vem sendo implementado exemplarmente no Rio Grande do Sul pelo governo estadual, Brigada Militar e Ministério Público estadual, com amplo e entusiasmado suporte midiático, não é um fenômeno local, sequer brasileiro. Está acontecendo em praticamente toda a América Latina, alimentado pelos mesmos argumentos.

O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos já escreveu vários artigos sobre o tema. Segundo ele, está em curso na América Latina uma contra-ofensiva conservadora articulada pelos Estados Unidos e por grandes empresas transcionais com interesses econômicos na região, misturando estratégias da Aliança para o Progresso com uma política de criminalização dos movimentos sociais e de comunidades indígenas. Os argumentos recentemente apresentados por promotores do MP gaúcho não têm nada de original.
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Unidade contra o governo Yeda Crusius


Um dos aspectos mais significativos do ato público contra o governo Yeda Crusius (PSDB), realizado na manhã desta quinta-feira (19), em frente ao Palácio Piratini, foi a unidade entre forças da esquerda gaúcha que há muito tempo não se juntavam. Uma unidade pontual, sem dúvida, mas uma unidade. Lá estavam representantes do MST, da Via Campesina, do Movimento dos Atingidos por Barragens, do Movimento dos Sem-Teto, da União Estadual dos Estudantes, da União Nacional dos Estudantes, da CUT, da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), do PT, do P-Sol, do PSTU, do PcdoB, entre outras organizações. Todas unidas em torno de um ponto em comum: o repúdio ao governo tucano no Rio Grande do Sul. Representantes de movimentos sociais, sindicatos, estudantes e partidos prometeram manter e intensificar essa unidade em torno de uma bandeira: o Fora Yeda!

Cerca de 60 policiais fizeram a segurança na frente do Palácio. Nas proximidades da sede do governo, podia-se ver também integrantes da força de choque da Brigada Militar. Não houve nenhum incidente, apesar dos esforços do comandante geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, em provocar os manifestantes. Em um determinado momento do protesto, ele desfilou em frente ao Piratini e chegou a fazer gestos com as mãos para alguns manifestantes, que gritaram: “Fascista, fascista”. Os gritos e discursos mais indignados com a atuação de Mendes partiram dos representantes dos movimentos sociais. O vice-governador Paulo Feijó (DEM) também foi objeto de muitas críticas. Uma das palavras de ordem mais usadas, o “Fora Yeda!”, ganhou o acréscimo de “Fora Feijó!”, com a defesa da realização de novas eleições no Estado.

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Fotos: Daniel Cassol

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A arte das manchetes


Diferença de abordagem, na Folha de São Paulo e na Zero Hora, sobre a repressão da Brigada Militar, ontem, aos protestos contra a corrupção no governo Yeda Crusius (PSDB).

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Yeda usa Brigada para impedir que do povo proteste contra a corrupção de seu governo



Brigada Militar fere manifestantes, criança e deputados com gás e balas de borracha

Cerca de dez pessoas, inclusive uma mulher e sua filha pequena, foram feridas em nova ofensiva dos soldados da tropa de choque contra cerca de três mil manifestantes que se dirigem ao Palácio Piratini para protestar contra a corrupção no governo Yeda. Os policiais, comandandos pelo coronal Paulo Mendes, lançaram bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra o grupo e atingiram, inclusive, os deputados Raul Carrion e Dionilso Marcom, que acompanham a marcha e tentam negociar e liberação pacífica da manifestação.

A BM cercou os manifestantes dentro do Parque da Harmonia impede a sua movimentação. Há poucos instantes, a segunda leva de pessoas feridas foi conduzida ao Hospital de Pronto Socorro e algumas delas estão sendo atendidos no departamento médico do Tribunal Regional Federal.

Os ativistas da Via Campesina, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados e do Movimento Nacional da Luta pela moradia protestam contra a corrupção no governo Yeda Crusius. Para o local foram deslocados cerca de 400 policiais com o propósito de conter os três mil manifestantes.

por: Denise Ritter e Kiko Marchado
Fotos: Kiko Machado

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Moção de Repúdio - Vereadores do PT repudiam corrupção no Estado


Está no site do PT POA

O Encontro Municipal do PT, diante da crise no Palácio Piratini fez as seguintes declarações:

- Até o início de 2008, o Secretário Cezar Busatto era o principal articulador político do Governo Fogaça. Se nesta condição procedeu ao loteamento de cargos e secretarias entre os doze partidos da base aliada, que concede ao Governo Fogaça a maioria absoluta ( 2/3) na Câmara Municipal de Porto Alegre, o ex-secretário deve explicações ao povo de Porto Alegre;

- Trata-se, portanto, de uma confissão pública de interlocutor político do Governo Fogaça de que houve concessões para a constituição dessa maioria;

- Fatos gravíssimos denunciados na imprensa, pelo Ministério Público e pela Bancada do PT e que chegaram a provocar mudanças de secretariado no Governo Estadual, são indiciadores de que estas concessões resultaram em má versação de recursos públicos, também em Porto Alegre vide: programa Pró-Jovem, mega licitação no DMLU que foi anulada judicialmente; também foi anulada a licitação para a terceirização do cadastro do ISSQN; edital anulado para a terceirização da iluminação pública, interrupções na obra do camelódromo, suspensão temporária do contrato com Instituto Sollus pelo Tribunal de Contas para a manutenção do Programa de Saúde da Família (PSF);

- Também afirma o Secretário que os CCs são fontes de financiamento e que esta prática, segundo ele, feita no Estado, teve também incremento no Governo Fogaça, pois ampliou em mais de 100 CCs e estagiários na administração centralizada, bem como duplicação de CCs e estagiários na Procempa e, ainda, a criação de super salários pela cumulatividade de salário de cedidos à Prefeitura.

Esta prática da qual se diz contrário, entretanto, foi realizada e operacionalizada pelo atual Chefe da Casa Civil, quando secretário do Governo Fogaça.

O PT, que governou Porto Alegre por 16 anos, com minoria na Câmara de Vereadores é testemunha de que a maioria legítima é construída através da democratização da gestão, com protagonismo popular.

Portanto, o PT, através de sua Bancada na Câmara Municipal, exigirá explicações ao Governo Fogaça quanto às afirmações de seu ex-secretário.

Vereador Adeli Sell
Vereador Aldacir Oliboni
Vereador Carlos Comassetto
Vereador Carlos Todeschini
Vereador Guilherme Barbosa
Vereadora Maria Celeste
Vereadora Marcelo Danéris
Vereadora Margarete Moraes
Vereadora Sofia Cavedon