Artigo de Miguel Rosseto publicado na Zero Hora de 27/08.
Porto Alegre tem sofrido uma sensível piora da qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Atrasos nas obras, crise na saúde e na limpeza urbana, equipamentos públicos fechados ou abandonados são algumas das marcas que compõem um quadro de abandono, má qualidade de gestão e falta de cuidado. Trata-se de um cenário que revela a incapacidade da atual administração pensar a cidade no presente e preparar seu futuro. Neste contexto, devem ser destacadas as boas notícias representadas pelos investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do Governo Lula, para a capital e outras cidades do Estado. Esses investimentos representarão, fundamentalmente, melhoria de qualidade de vida para o nosso povo.
A capital gaúcha receberá R$ 103 milhões da Caixa Econômica Federal (CEF) para o Programa Integrado Sócio-ambiental, e mais R$ 63 milhões para obras de saneamento e drenagem na cidade, com uma contrapartida de 10% por parte da prefeitura. Além dos investimentos na área de saneamento, a prefeitura receberá outros R$ 41 milhões para a primeira etapa do reassentamento de famílias das vilas Dique e parte da Nazaré, obra necessária para a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Na segunda fase de reassentamento da população da Vila Nazaré, o governo federal destinará outros R$ 40 milhões à cidade. Também merecem destaque os investimentos para a Escola Técnica da Restinga, para o Hospital Cristo Redentor e em políticas destinadas à juventude para o combate à violência.
Para se ter uma idéia da importância desses recursos, vale lembrar que, nos dois últimos anos, a Prefeitura destinou apenas R$ 191 milhões para investimentos na cidade. Agora, de uma só vez, o governo federal investirá R$ 247 milhões em Porto Alegre. Os investimentos em saneamento, por exemplo, contribuirão para resolver um problema histórico da cidade que é o tratamento de esgotos da região central. Uma das conseqüências desse investimento será a recuperação das águas do Guaíba, devolvendo à população da cidade uma de suas regiões mais belas e preciosas. Obviamente, não se trata de nenhum favor que o governo federal faz a Porto Alegre, mas é importante destacar a relação republicana qualificada que a União tem com o Município, sem qualquer discriminação em função de diferenças partidárias.
A população da capital também será beneficiada com investimentos do governo federal em outros municípios da Região Metropolitana. Entre os municípios com mais de 150 mil habitantes, beneficiados pelo PAC do Saneamento, 13 integram a bacia dos rios Gravataí e Sinos. A recuperação destes rios também repercutirá positivamente para enfrentar o problema da poluição no Guaíba. A vinda desses recursos para Porto Alegre sinaliza que é possível aproveitar o atual momento político para tomar iniciativas ousadas e transformadoras, que criem um novo ciclo de desenvolvimento para a cidade e melhorem a qualidade de vida do nosso povo. É um caminho que está aberto e pelo qual podemos seguir.
Miguel Rossetto foi vice-governador do RS e Ministro do Desenvolvimento Agrário
Porto Alegre tem sofrido uma sensível piora da qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Atrasos nas obras, crise na saúde e na limpeza urbana, equipamentos públicos fechados ou abandonados são algumas das marcas que compõem um quadro de abandono, má qualidade de gestão e falta de cuidado. Trata-se de um cenário que revela a incapacidade da atual administração pensar a cidade no presente e preparar seu futuro. Neste contexto, devem ser destacadas as boas notícias representadas pelos investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do Governo Lula, para a capital e outras cidades do Estado. Esses investimentos representarão, fundamentalmente, melhoria de qualidade de vida para o nosso povo.
A capital gaúcha receberá R$ 103 milhões da Caixa Econômica Federal (CEF) para o Programa Integrado Sócio-ambiental, e mais R$ 63 milhões para obras de saneamento e drenagem na cidade, com uma contrapartida de 10% por parte da prefeitura. Além dos investimentos na área de saneamento, a prefeitura receberá outros R$ 41 milhões para a primeira etapa do reassentamento de famílias das vilas Dique e parte da Nazaré, obra necessária para a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Na segunda fase de reassentamento da população da Vila Nazaré, o governo federal destinará outros R$ 40 milhões à cidade. Também merecem destaque os investimentos para a Escola Técnica da Restinga, para o Hospital Cristo Redentor e em políticas destinadas à juventude para o combate à violência.
Para se ter uma idéia da importância desses recursos, vale lembrar que, nos dois últimos anos, a Prefeitura destinou apenas R$ 191 milhões para investimentos na cidade. Agora, de uma só vez, o governo federal investirá R$ 247 milhões em Porto Alegre. Os investimentos em saneamento, por exemplo, contribuirão para resolver um problema histórico da cidade que é o tratamento de esgotos da região central. Uma das conseqüências desse investimento será a recuperação das águas do Guaíba, devolvendo à população da cidade uma de suas regiões mais belas e preciosas. Obviamente, não se trata de nenhum favor que o governo federal faz a Porto Alegre, mas é importante destacar a relação republicana qualificada que a União tem com o Município, sem qualquer discriminação em função de diferenças partidárias.
A população da capital também será beneficiada com investimentos do governo federal em outros municípios da Região Metropolitana. Entre os municípios com mais de 150 mil habitantes, beneficiados pelo PAC do Saneamento, 13 integram a bacia dos rios Gravataí e Sinos. A recuperação destes rios também repercutirá positivamente para enfrentar o problema da poluição no Guaíba. A vinda desses recursos para Porto Alegre sinaliza que é possível aproveitar o atual momento político para tomar iniciativas ousadas e transformadoras, que criem um novo ciclo de desenvolvimento para a cidade e melhorem a qualidade de vida do nosso povo. É um caminho que está aberto e pelo qual podemos seguir.
Miguel Rossetto foi vice-governador do RS e Ministro do Desenvolvimento Agrário
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