quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Koutzii recebe a maior distinção concedida pela Assembléia Legislativa


Por iniciativa da deputada Stela Farias (PT), o ex-deputado Flávio Koutzii recebeu no final da tarde de hoje (9) a Medalha Farroupilha, principal distinção concedida pela Assembléia Legislativa. A cerimônia, realizada no Salão Júlio de Castilho, foi acompanhada por autoridades, militantes sociais, representantes de movimentos ligados à luta pelos direitos humanos e por companheiros de partido, como o ex-governador Olívio Dutra. “É o reconhecimento de uma trajetória de lutas, de ideais e de convicções profundas”, justificou Stela, ressaltando que a data da homenagem coincide com o aniversário de 40 anos da “memorável luta dos estudantes em 1968 e da celebração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.”
Aos 65 anos, Flávio Koutzii é um ícone da esquerda latino-americana. Preso na Argentina, entre 1975 e 1979, voltou ao Brasil graças a uma campanha intrnacional pela sua libertação. Foi coordenador da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado estadual por quatro legislaturas e chefe da Casa Civil, durante o governo democrático e popular. Sua atuação no parlamento foi marcada pela forte oposição ao calendário rotativo, instituído pelo governador Alceu Collares, às privatizações e aos empréstimos e benefícios fiscais milionários concedidos pelo governo Britto a grandes grupos econômicos.

Sem deixar de criticar as consequências negativas da globalização da economia, o darwinismo social e a exclusão, Koutzii mostrou esperança em relação ao rumo adotado pela América Latina. “A América Latina traz uma surpreendente circunstância: em níveis diferentes de avanço, há uma grande inconformidade continental que está transformando países em nações justas com seus povos”, frisou.

Contra a impunidade

No seu discurso, Stela traçou um panorama político e social do Brasil e da América Latina das décadas 60 e 70, sob o signo de um conjunto de ditaduras implantadas no continente com apoio dos Estados Unidos. “Passou a ser proibido pensar, exprimir idéias, divulgar opiniões. Quem ousava desafiar, desaparecia, era torturado, precisava buscar refúgio na clandestinidade, para que o pensamento permanecesse vivo, fecundo, pulsante. Flavio Koutzii era um deles, dos que não se calaram, dos que resistiram, dos que agiram, dos que tinham idéias e por elas lutaram”, lembrou.

A parlamentar aproveitou a ocasião para defender a revisão do alcance da Lei da Anistia, de 1979, para que os torturados sejam punidos. “A tortura é crime imprescritível, é crime contra a humanidade – não passível de prescrição. Há uma interpretação da lei de anistia de 1979, que passou a ser quase um dogma: a de que os torturadores no Brasil teriam sido anistiados”, criticou.

Por fim, Stela retomou trecho do discurso de despedida do parlamento proferido por Koutzii em 2006. “Somos daquela raça que não acabou, que estará aqui nos próximos 30 anos e em todos os outros anos que virão, porque os nossos ossos são feitos dos gemidos do nosso povo, porque a nossa carne é feita dos nossos melhores amores, porque os nossos olhos são olhos de amanhecer e são olhos de chorar orvalhos, porque os nossos braços e as nossas pernas são de abrir caminhos.”

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2 comentários:

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