segunda-feira, 12 de maio de 2008

O que está em jogo no mês que virou época

Marco Weissheimer fala sobre maio de 68 no site da Carta Maior.
Recusar o jogo do espetáculo, da alienação, da separação, do conformismo e da passividade: quem resistirá? A pergunta que Guy Debord nos deixou indica um dos sentidos principais do Maio de 68, um mês que, na verdade, segue aberto no calendário.
“Por mais críticas que sejam a situação e as circunstâncias, não aceite o desespero; nas ocasiões em que tudo leva ao medo, não se deve ter medo de nada; quando se está rodeado de perigos, não se deve temer perigo algum; quando já se esgotaram os recursos, deve-se contar com todos os recursos; quando se é surpreendido, deve-se surpreender o próprio inimigo”. Sun Tzu, A Arte da Guerra (citado por Guy Debord na abertura dos Comentários sobre a sociedade do espetáculo).
Muito tem se escrito sobre Maio de 68. Quarenta anos se passaram. Balanços, memórias, obituários e elogios se alternam e se cruzam. O que ocorreu naquele período virou objeto de museu ou guarda atualidade? Na verdade, parece mais correto perguntar: as idéias que transformaram um mês em uma época ainda têm força para nos dizer algo sobre o presente? Uma maneira simples de tentar responder essas perguntas é deixar que as próprias idéias falem. Para além dos eventos, das imagens e frases clássicas do período, uma idéia forte atravessou aqueles dias: a crítica da alienação, do espetáculo, da transformação da experiência criativa em passividade. Guy Debord foi um dos principais formuladores dessa crítica, a crítica da alienação e da sociedade do espetáculo. Essa crítica segue atual? Ou, dito de outro modo: a alienação e o espetáculo seguem nos condenando a uma vida de pobreza material e espiritual?
Leia mais.

Um comentário:

JÚLIO GARCIA disse...

Companheiros(as): Postamos matéria sobre pré-candidatura do Marcelo no nosso blog http://jc-garcia.zip.net