terça-feira, 22 de abril de 2008

Gestão para quem?

Completados três anos de governo freqüentes se tornam os artigos publicados e as prestações de contas da atual gestão na Prefeitura. O tom auto elogioso e otimista da fala oficial contrasta com a pobreza das realizações.

Fogaça anuncia ter implantado um “novo modelo de gestão”, que nada mais é do que a receita Gerdau/FIERGS materializada no PGQP, um modo de administrar privatista, empresarial, que não se aplica à gestão pública. Fala num “investimento recorde em 2007, o mais elevado da última década”. Apesar da pequena melhora do ano passado o investimento médio anual do último triênio, de 140 milhões de reais, a preços atualizados, foi 14% menor do que o realizado pela Administração Popular entre 2001 e 2004 e apenas a metade do investido no ano de 1998. Falam, também, no “maior gasto em saúde e educação”, total e “per capita”, em 2007. Na verdade os gastos na área social diminuiram em média R$ 50 milhões ao ano no atual governo.

Gaba-se o governo Fogaça de um aumento da participação dos servidores e da população. Nada menos verdadeiro. O público total das reuniões do OP em 2007 foi a metade do número de participantes registrado em 2004. E os servidores, através do SIMPA, reclamam à exaustão de serem excluídos de importantes decisões de governo que lhe dizem respeito. São exemplos ilustrativos e recentes o projeto de alteração da legislação previdenciária e a de criação do órgão de saúde do PSF. Os municipários reclamam, também, que o governo Fogaça reduziu horas extras, atrasou o pagamento de progressões funcionais, enquanto elevou a remuneração dos cargos em comissão e dos servidores do topo da pirâmide salarial, aumentando a desigualdade na Prefeitura. Aumentou também a contratação de CCs e estagiários enquanto houve uma queda no o número de servidores ativos do quadro. Tudo isso explica a greve de 21 dias realizada pelos municipários em 2007, a maior desde os anos oitenta.

Uma cidade mais escura, menos segura, mais suja. Nenhum diálogo com os servidores e baixíssimo atendimento das demandas do OP. O porto-alegrense não tem o que comemorar nos três anos do atual governo.

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